Assim como acontece com qualquer alimento perecível, é essencial observar cuidados para que o manejo da carne seja feito adequadamente.
Do estabelecimento comercial até sua mesa, é importante redobrar a atenção para manter a qualidade e características originais do produto, bem como evitar prejuízos à sua saúde.
Se você aprecia uma boa carne é importante conhecer algumas das principais boas práticas de manejo que devem ser observadas por depósitos, varejistas e pelo consumidor. Dessa forma você terá mais critérios para escolha do seu fornecedor. Confira.
MANEJO NOS DEPÓSITOS E CASAS DE CARNES
Depósitos e casas de carnes lidam com peças em grandes quantidades e que necessitam de ganchos para melhor sustentação. Tais equipamentos devem ser de material inoxidável, inócuo e inatacável, para evitar contaminação da carne no momento da desossa e durante seu acondicionamento em geladeiras ou balcões frigoríficos.
Os balcões frigoríficos devem manter suas portas fechadas, ter tampos de mármore, aço inoxidável ou material correlato no quesito impermeabilidade.
Para evitar a proliferação de bactérias, é proibido o depósito de carne-moída e bifes batidos, uso de cepo de madeira para manuseio do alimento, permanência de carnes na barra, vermelhidão em revestimentos de pisos, paredes e tetos, bem como nos dispositivos de exposição de carnes e de iluminação.
Agindo em prol da saúde pública, a Vigilância Sanitária pode ser acionada para autuar estabelecimentos que comercializem carnes impróprias para o consumo ou, ainda, não submetidas à inspeção sanitária.
MANEJO NOS VAREJISTAS
Assim como recomendado para a indústria, supermercados devem:
- Evitar empilhamento excessivo dos alimentos;
- Manter baixa a temperatura das câmaras-frias;
- Manter uma boa gestão de estoque para evitar perdas.
É comum que varejistas fracionem produtos recebidos em grandes quantidades para comercializá-los em menores porções. Neste caso, o local de manuseio dos cortes deve estar adequadamente refrigerado e os funcionários devem respeitar as melhores práticas de manipulação, incluindo o uso de equipamentos de proteção individual, boa higienização das mãos e dos utensílios.
Em geral, o consumidor encontra duas opções para aquisição da carne no supermercado: poções a granel feitas pelo atendente do açougue, ou porções previamente embaladas em bandejas, protegidas por filmes plásticos. Neste último caso, a validade do produto é bastante reduzida, o que torna a refrigeração indispensável
A oferta da carne em ganchos é pouco recomendada, pois a exposição do alimento à circulação do ar frio pode não somente ressecá-lo como também aumentar as chances de contaminação.
MANEJO PELO CONSUMIDOR
Podemos dizer que o transporte e armazenamento da carne pelo consumidor é tão importante quanto a escolha do melhor fornecedor para compra do seu alimento.
Evite circular muito tempo com sua carne refrigerada ou congelada. Lembre-se sempre da regra de ouro e preservação dos perecíveis: no supermercado, deixe para pegá-los no fim da compra. Para preservá-los ainda mais, leve consigo uma sacola térmica.
Ao chegar em casa, na medida do possível, tente antecipar seu planejamento de consumo e separe as porções adequadas. O que for consumido nas próximas 72 horas poderá ser conservado em refrigeração. Agora, se o preparo da refeição acontecer em mais tempo, guarde no congelador.
Ao descongelar, procure fazê-lo de maneira gradual, deixando o alimento na geladeira por um período de 24 horas. Caso tenha pressa, opte pelo descongelamento em água em temperatura natural ou, em último caso, use o micro-ondas.
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